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Auxílio Reconstrução: mais de 34 mil famílias gaúchas recebem o benefício

Primeiro lote de pagamento dos R$ 5,1 mil já foi transmitido à Caixa Econômica. Em outra frente, Defesa Civil registra mais de 431 planos de trabalho para ajuda humanitária e reconstrução

O primeiro lote de pagamento do Auxílio Reconstrução foi repassado na última quinta-feira, 30 de maio, a 34.196 famílias do Rio Grande do Sul que foram afetadas pelas enchentes. A informação para pagamento já foi transmitida à Caixa Econômica Federal, responsável pelo repasse dos R$ 5,1 mil a cada família. O investimento do Governo Federal nessa primeira leva será de R$ 174 milhões.

Em coletiva de imprensa o ministro Pimenta, explicou que a ideia do governo é ter pelo menos duas listas por semana para agilizar os repasses. “Na medida em que as listas forem chegando das prefeituras, serão disponibilizadas no site e, tão logo as pessoas validem as informações sobre as famílias, o prazo é de 48 horas para o dinheiro estar na conta”, afirmou Pimenta, ao lado de outros ministros que atualizaram as ações federais no estado.

O ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), destacou que há  famílias habilitadas para receber que ainda não confirmaram os dados. O valor de R$ 5,1 mil é autorizado mediante a confirmação por meio do site oficial do Auxílio Reconstrução, utilizando sua conta do Gov.br. “Nós temos 10.392 famílias que ainda não confirmaram os dados. Nós não vamos esperar todas as famílias confirmarem. Se hoje fechou uma quantidade, encaminhamos à Caixa para pagamento”, disse Waldez.

O titular do MIDR ainda enfatizou que as prefeituras não precisam reunir informações de todos os moradores logo de início. O envio de dados pode ser gradativo. “Queria pedir que prefeitos e prefeitas continuem na força-tarefa: identificar a área atingida, informar no sistema as famílias dentro dessas áreas. É importante continuar”, disse o ministro, ressaltando que os primeiros lotes com informações de famílias da capital, Porto Alegre, foram incluídos pela prefeitura nesta terça-feira.

Waldez, Pimenta e o ministro Jader Filho (Cidades) sobrevoaram pela manhã a região metropolitana de capital gaúcha. Na coletiva, Pimenta ressaltou que ainda há muitos pontos de alagamento. O trabalho de escoamento das águas vem sendo reforçado pelo uso de 40 bombas de sucção que vieram de diversos governos estaduais a partir de logística articulada pelo Governo Federal.

Com informações do Governo Federal

 
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A bandeira é nossa: Parada LGBT+ leva verde e amarelo à Paulista

Além de retomar símbolos sequestrados pelo bolsonarismo, a parada teve foco nas eleições deste ano

Camilla Figueiredo – Brasil de Fato

Milhares de pessoas lotaram a avenida Paulista e a rua da Consolação, neste domingo, para a 28ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. Boa parte do público vestiu as cores verde e amarelo e hasteou bandeiras do Brasil, atendendo a um pedido da organização do evento. 

“A bandeira é nossa”, gritavam os participantes, assim que a caminhada começou, por volta das 13h30. 

 

Neste ano, entre as principais atrações da Parada estão Pabllo Vitar, Glória Groove e Sandra de Sá. 

 

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, esteve no evento. Ele falou ao publico e disse que “a Parada LGBT é um momento para ressaltar e realçar a unidade nacional, que todos os brasileiros e brasileiras têm que ser respeitados”. Almeida foi acompanhado da secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat.

 

Com o tema “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo – Vote consciente por direitos da população LGBT+”, contou com a presença de políticos como a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que discursou no trio elétrico.  

Hilton disse que as pessoas LGBTQIA+ “construirão a democracia brasileira” e que não “arredarão o pé da luta pelos seus direitos. Nós somos cidadãos e merecemos a cidadania. Não abriremos mão da nossa humanidade.”

A deputada também reforçou a importância do voto. “Não deixem de ir às urnas neste ano. Não deixem de votar. Não deixem de eleger políticos que representam vocês e o seus direitos. Estamos em marcha, em luta”, disse.

Os deputados federais e pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP) também foram à Paulista. 

Boulos chegou a discursar num dos trios, ao lado de de Erika Hilton. Disse que a Parada é um “evento que já faz parte da indispensável da cultura da nossa cidade”. 

 

Numa postagem nas redes sociais, Tabata disse que estava no evento “para dizer que, apesar de todos os desafios, gente é feita para brilhar e a gente está aqui para celebrar e a gente está aqui para mobilizar também”.

 
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FASUBRA PROTOCOLA CONTRAPROPOSTA NO MGI

A FASUBRA-Sindical e seu Comando Nacional de Greve (CNG), após consulta à sua base, informam que a recomposição financeira indicada na proposta apresentada pelo governo federal, dia 21 de maio de 2024, na mesa específica de negociação para para a reestruturação e recomposição do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação (PCCTAE) é insuficiente para a recomposição das perdas salariais e valorização da categoria.

A FASUBRA-Sindical/CNG ratifica a concordância com os  cinco pontos acatados na sua totalidade pelo governo até esse estágio da negociação, a seguir: (i) a diminuição do interstício de progressão de 18 para 12 meses, (ii) a verticalização da malha salarial, (iii) a utilização da classe E com referência como remuneratória na tabela, (iv) o fim da diferença da relação direta e indireta para fins de concessão do Incentivo Qualificação e (v) a revisão dos fazeres dos cargos.

Dessa forma, e, no contexto da continuação das negociações, a FASUBRA-Sindical/CNG informa que a categoria deliberou pela continuidade da greve e apresentação de contraproposta na mesa específica seguindo os seguintes parâmetros:

● Considerando o step no desenvolvimento da carreira, a categoria em sua maioria tem acordo por solicitar um aumento escalonado do step constante partindo de 4,0% até alcançar o percentual de 4,5% em 2026

● Considerando os índices de reajuste, a categoria solicita uma recomposição salarial, no piso de referência, com os índices de pelo menos 4% em 2024, 9% em 2025 e 9% em 2026.

● Considerando as correlações entre os níveis de classificação, e utilizando o piso do nível E como referência na matriz salarial, as correlações com os pisos dos níveis de classificação passariam a ser calculados da seguinte forma:

a. Piso do Nível de Classificação A, passa a ter uma correlação de 39% em relação ao piso do nível E;

b. Piso do Nível de Classificação B passa a ter uma correlação de 40% em relação ao piso do nível E; 

c. Piso do Nível de Classificação C passa a ter uma correlação de 60% em relação ao piso do nível E; 

d. Piso do Nível de Classificação D passa a ter uma correlação de 61% em relação ao piso do nível E;

● Considerando o mecanismo de progressão por capacitação, a categoria avalia que a aceleração por capacitação é ferramenta indispensável para a carreira reestruturada e solicita sua inclusão no desenvolvimento da categoria;

● Considerando a instauração do Reconhecimento de Saberes e Consequências, a categoria deliberou pela implementação da ferramenta no contexto na mesa de negociação específica e sua regulamentação no âmbito da CNSC-MEC.

​Solicitamos incremento orçamentário suficiente para implementação da matriz salarial aprimorada de maneira que sejam equiparados o teto do nível superior com os tetos de categorias semelhantes. Reiteramos que o aporte financeiro apresentado até o momento pelo governo foi insuficiente para o contexto de reestruturação de carreira e recomposição salarial de uma das categorias com as menores remunerações do serviço público federal.

 
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Técnicos e Técnicas da FURG e IFRS rejeitam proposta do Governo para fim da greve

Informamos que os servidores reunidos em assembleia geral de greve realizada no dia de hoje, 29/05/2024, em atendimento ao IG MAI-4 da FASUBRA deliberaram por unanimidade em rejeitar a proposta apresentada pelo governo na 5ª Mesa de Negociação no dia 21/05/2024.
Deliberaram os presentes, também por unanimidade, em aprovar a proposta formulada pela CNSC e o CNG e apresentar uma contraproposta própria da entidade diante da necessidade da formulação de mais cenários aos negociadores em uma nova mesa com o Governo.
O cenário aprovado pela categoria mantém os índices de correlação dos cargos A (35%), B (40%), C (50%) e D (61%) propostos pelo Governo e, de forma alternativa, e inclui no acordo de greve uma cláusula de revisão do acordo para o caso de obtenção de maior orçamento após a assinatura do acordo, seja por meio de maior arrecadação ou superávit. Neste caso, deliberou a assembleia que todo e qualquer incremento orçamentário deve repercutir na classe/nível E, impactando em efeito cascata os demais níveis, além do aumento do STEP prioritariamente.
Foi mantida a proposta da Fasubra de índices de reposição de 4% em 2024, 9% em 2025 e 9% em 2026 e de aumento de STEP escalonado até 2026.
Foi objeto de deliberação a necessidade de constar no acordo de greve a inclusão da aceleração de progressão por capacitação em razão da natureza dos nossos cargos TAE e a sua relevância histórica como conquista do PCCTAE.
A assembleia reafirma a necessidade de que as pautas não financeiras sejam discutidas dentro do CNSC, com prazo definido de discussão e constando expressamente no acordo de greve.
Por fim, a proposta aprova a formulação de uma proposta genérica de RSC, com uma discussão futura e prazo de discussão máximo de 60 dias dentro do MEC e CNSC. Caso não seja aceita esta formulação pelo governo a categoria se manifestou quase que unanimemente por aprovar a proposta 1 do IG MAI-4, formulada por UNIR, Travessia e TAE na Luta.

 
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AUXÍLIO RECONSTRUÇÃO- Veja como proceder caso você foi atingido ou atingida

O que é?

Apoio financeiro no valor de R$ 5.100,00 pago em uma única parcela pelo Governo Federal às famílias desalojadas ou desabrigadas no Rio Grande do Sul.

Quem tem direito?

As famílias residentes em áreas atingidas pelas enchentes, que abandonaram suas casas, de forma temporária ou definitiva, nos municípios em situação de calamidade ou emergência.

  1. O município envia para o Governo Federal os dados de cada família, informando seus membros e o endereço completo. Aqui, ele deve identificar o nome do responsável pela família, de preferência uma mulher.
  2.  A pessoa identificada como responsável pela família acessa o sistema, clicando no botão Sou Cidadão acima. Ela vai precisar usar sua conta GovBr para confirmar os dados.
  3. Após a confirmação, os dados são enviados para a Caixa Econômica Federal, que efetuará o pagamento.
  4. As pessoas que possuem conta na Caixa receberão o dinheiro nesta conta. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma conta poupança no nome do responsável pela família, que acessará o dinheiro com o aplicativo Caixa TEM
  5. .

 

Todos e todas aquelas pessoas que foram atingidas pelas enchentes no nosso Estado devem preencher o formulário no site da prefeitura. Acesse aqui o link https://www.riogrande.rs.gov.br/csas/online

 
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Saiba qual é a proposta do Reconhecimento de Saberes e Competências – RSC

Em conformidade com deliberação do Comando Nacional de Greve, em reunião realizada no dia 17 de maio de 2024 e, considerando:

O atual cenário de negociação com o Governo;

As diversas propostas apresentadas pelas forças políticas dentro da CNSC;

Que a CNSC já enviou o quadro comparativo das propostas;

A necessidade de definição do modelo que a FASUBRA adotará de RSC–TAE;

O Comando Nacional de Greve encaminha abaixo a proposta dos dois modelos para análise e deliberação pelas entidades de base:

Texto 1:

O Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) é um instrumento de valorização dos saberes não instituídos e das competências desenvolvidas e postas à disposição da sociedade pelos Técnico- administrativos em Educação.

O modelo proposto pelo Movimento TAE na Luta e pelos coletivos Travessia e UNIR, congrega com a proposição originada no SINASEFE, confluindo para um modelo já sedimentado e para a construção da unidade da categoria.

Este modelo, parte da concessão do RSC por meio da equivalência remuneratória do servidor contemplado ao percentual de Incentivo à Qualificação (IQ) imediatamente superior. Nas propostas, divididas em 5 níveis de RSC, configura-se a democratização de acesso aos percentuais do IQ sem com isso desvirtuar o processo de qualificação, importante característica do PCCTAE.

Os 5 níveis apresentam as seguintes equivalências:

RSCI – ocupantes de cargos que tenham como requisito de ingresso ou que tenham como escolaridade até o Ensino Médio incompleto, se contemplados pelo RSC teriam acesso ao percentual equivalente ao IQ do Ensino Médio.

RSCII – servidores com Ensino Médio, Médio Profissionalizante ou Técnico, se contemplados pelo RSC, teriam acesso ao percentual equivalente ao IQ de Graduação;

RSCIII – detentores do título de graduação, se contemplados pelo RSC, teriam acesso ao percentual equivalente ao IQ de pós-graduação lato sensu;

RSCIV – detentores do título de pós-graduação lato sensu, se contemplados pelo RSC, teriam acesso ao percentual equivalente ao IQ de Mestrado;

RSCV – detentores do título de mestrado, se contemplados pelo RSC, teriam acesso ao percentual equivalente ao IQ de Doutorado.

Texto 2:

A realidade atual impõe a necessidade de uma atualização das atividades dos trabalhadores, seja pelas mudanças tecnológicas, seja pelas novas atividades a serem desempenhadas. Os atuais instrumentos mostram-se insuficientes para valorizar as habilidades e competências adquiridas.

Para além da valorização da capacitação, do desempenho e da educação formal, já previstas no PCCTAE nas progressões e no incentivo à qualificação, a Instituição deve valorizar as atividades que demonstrem saberes e competências (saber, saber fazer e fazer), construídas ao longo da vida profissional do servidor contribuindo para o desenvolvimento da Instituição Federal de Ensino (IFE).

O RSC é um instrumento que reconhece e incentiva os saberes e competências adquiridos pelo servidor ao longo de sua vida profissional dentro ou fora da IFE que contribuíram com relevância e

efetividade para o Desenvolvimento Institucional onde atuam ou atuaram, e é devido aos servidores ativos, aposentados e instituidores de pensão que preencherem os requisitos para sua aquisição.

Quais os nossos Princípios para o RSC?
Valorizar os fazeres dos TAE de todos os cargos nas IFE;

Independentemente do nível de escolaridade, desde o fundamental ao doutorado, e do nível de classificação do cargo, todos (as) TAE podem alcançar o RSC.

É devido a TAE ativos, aposentados e instituidores de pensão
RSC com níveis correspondentes a percentuais sobre vencimento básico e não acumuláveis;

As dimensões de atividades deverão contemplar as áreas: institucional; gestão; acadêmica; representação política e de classe; técnico-profissional.

A escala das complexidades, que irão determinar o número de pontos e o nível do RSC obtido, deverá estar vinculada ao tipo de atividade: a) apoiar/integrar/participar, b) planejamento/execução e c) coordenação/ autoria/representação institucional.

A CNSC após analisar e discutir sobre todas as 4 propostas encaminhadas pelos coletivos chegaram a um consenso condensando todas as proposições em dois modelos de RSC para que a FASUBRA pudesse encaminhar para discussão e deliberação nas bases e responderem a Federação, definindo assim, a proposta final de RSC.

 
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A greve da educação federal e as negociações com o governo

Os CNGs das entidades representativas da educação federal em greve – FASUBRA, SINASEFE e ANDES-SN, organizaram uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, 24 de maio, a partir das 10 horas, no auditório Marielle Franco, na sede do ANDES -SN.

Na ocasião, estiveram representando as entidades, Ivanilda Reis (Coordenadora Geral da FASUBRA/CNG), Virgínia Valadão (CNG/FASUBRA), Gustavo Seferian (Presidente do ANDES-SN), Suzana Maia (CNG/ANDES-SN), David Lobão (Coordenador Geral do Sinasefe) e Artemis Martins (Coordenação Geral do SINASEFE).

Nas falas iniciais da coletiva de imprensa, os representantes do ANDES-SN e do SINASEFE deixaram explícito o repúdio pela interrupção unilateral do processo democrático de negociação pelo governo federal, visto que as entidades receberam notas enviadas pelo MGI, entre os dias 21 e 22 de maio, pressionando a assinatura do acordo, no dia 27 de maio. As representantes da FASUBRA também se manifestaram com indignação, mediante a última proposta do governo, apresentada dia 21 de maio, que permanece com 0% de reajuste para 2024.

O movimento de greve, das três entidades, segue forte e unificado.

Acompanhe a coletiva de imprensa que foi transmitida pelas 3 entidades pelo youtube: (1751) COLETIVA DE IMPRENSA – ANDES-SN – YouTube

 

 
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Análise de Conjuntura do atual momento da greve

Esta semana foi marcada por três importantes mobilizações do conjunto da classe trabalhadora, que reuniram, em Brasília-DF, diferentes setores do movimento sindical e operário e que transformaram a capital federal no centro das mobilizações da classe.

O 24o Grito da Terra Brasil, realizado nos dias 20 e 21, com o tema “Agricultura Familiar é alimento saudável e conservação ambiental”, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), Federações e Sindicatos filiados e entidades ligadas à pauta da agricultura familiar.

A Marcha da Educação Federal, no dia 21, organizada pelos Comandos de Greve da FASUBRA- Sindical, SINASEFE e ANDES-SN, reuniu trabalhadores técnico-administrativos em educação, professores e estudantes, com a presença de caravanas de diferentes estados, somou-se à manifestação organizada pelas Centrais Sindicais.

A Marcha Operária e Camponesa, no dia 22, organizada de forma conjunta pela CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, CSB, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública, em unidade, lançou dois documentos com reivindicações, propostas e agenda importantes para os trabalhadores e as trabalhadoras: a “Pauta da Classe Trabalhadora – Prioridades 2024” e a “Agenda Jurídica e das Centrais Sindicais no STF – 2024”. Entre as principais pautas está a revogação da Reforma Trabalhista, Previdenciária e Administrativa; a luta contra a lei da terceirização ilimitada e a questão da convenção 151 da OIT sobre negociação do serviço público.

Dentre as reivindicações apresentadas pelas Centrais, questões como aprovação do Projeto de Valorização da Negociação Coletiva no setor privado e público (Convenção 151 da OIT) e de Atualização do Sistema Sindical objetivam incentivar as negociações coletivas e sua regulamentação para o setor público, assegurar o direito à greve e coibir as práticas antissindicais, dentre outros aspectos.

Ao mesmo tempo em que diversos setores da classe trabalhadora se organizaram para apresentar suas reivindicações e fortalecer sua unidade na luta por melhores condições de trabalho, a ala conservadora da Câmara dos Deputados, em 21/05, ampliou sua ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e aprovou o projeto de lei, que agora seguirá para o Senado Federal, objetivando a criminalização dos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária no país.

A crise humanitária do Rio Grande do Sul, decorrente de um fenômeno climático, mas também do sucateamento dos sistemas de prevenção, devido ao descaso do poder público que aposta na desestruturação dos serviços públicos, serviu como um laboratório da extrema direita, que sem qualquer constrangimento, reproduziu a mesma estratégia adotada nas últimas eleições e não hesitou em colocar em atividade a máquina de divulgação de “fake news” para promover o desgaste, em particular dos partidos de esquerda que integram a coalização governista, sendo indiferente ao sofrimento da população.

Os patrões, frente à catástrofe, ameaçam com demissões em massa e a retirada de direitos de acordos/convenções coletivas. Para defender os direitos estabelecidos é necessário que Lula edite uma Medida Provisória que garanta a ultratividade dos acordos/convenções e revogue a Lei no 14.437/2022 do governo Bolsonaro.

Esses elementos brevemente apontados indicam que a centralidade da disputa do conjunto da classe trabalhadora segue o enfrentamento às políticas neoliberais e de austeridade fiscal, que colocam a conta da crise no bolso do povo trabalhador e consequentemente a necessidade de enfrentar a extrema direita e o fascismo, sintetizado no Brasil no bolsonarismo, que se reorganiza internacionalmente para avançar em seu projeto de destruição da democracia.

Por outro lado, o enfrentamento do projeto de destruição dos direitos da classe trabalhadora requer a reorganização e o fortalecimento da unidade da classe, por meio da construção de respostas às suas reivindicações que permitam ao conjunto das organizações da classe fortalecerem sua posição na disputa com setores de extrema-direita.

Considerando:

Que a categoria de Técnicos Administrativos em Educação da base da FASUBRA está em greve há quase 90 dias, em mobilização permanente nas Instituições Federais de Ensino (IFE) por todo país, com uma pauta que tem como elementos principais a reestruturação da carreira, a recomposição salarial e a recomposição orçamentária.

Que, antes do início da greve, o processo negocial partiu de uma proposta inicial que previa a concessão de reajustes lineares de 4,5% em maio/2025 e 4,5% em maio/2026, num montante de cerca de 2 bilhões de reais, além da revisão dos valores dos benefícios.

Que, após o início da greve, foram apresentadas duas propostas, 9% em janeiro/2025 e 3,5% em maio/2026, num total de cerca de 2,9 bilhões, que na mesa do dia 21/05 foi ampliada com a proposição do percentual de 5% em abril/2026, num total de cerca de 3,5 bilhões e um reajuste ponderado de aproximadamente 19,9%.

Que já estivemos em 5 mesas de negociação com o MGI por intermédio da Secretaria de Relações de Trabalho, e que até agora as propostas apresentadas pelos negociadores da bancada do Governo, embora tenha pontos que já foram acatados pelo movimento, no geral são insuficientes para que possamos fechar um acordo nessa greve em sua plenitude.

Que há uma articulação entre os comandos de greve das entidades da Educação Federal, cuja base também está em greve, unificando ações entre técnico-administrativos e docentes, expressando o esforço para acumular a força necessária para exigir do Governo a melhoria das propostas nas mesas de negociação.

Que a mobilização na Educação Federal ainda mantém o apoio da opinião pública e preserva capacidade de mobilização para seguir intervindo na conjuntura com a continuidade da greve e seguir a luta pela valorização dos trabalhadores da Educação Federal, que são responsáveis pela produção de ensino, pesquisa e extensão no país, condição absolutamente necessária para a busca da soberania tecnológica, independência cientifica e atendimento das necessidades do povo brasileiro.

Que nesse momento a disputa no interior da coalização governista se expressa na tensão entre a priorização da política do déficit zero e de austeridade fiscal e as necessidades da reconstrução do estado brasileiro, a retomada da sua capacidade de promover políticas públicas e as consequências dessa política acabam deixando uma margem reduzida para a aplicação do próprio programa de governo, que tem como um dos elementos principais a valorização dos serviços públicos, em especial a educação.

Que ao mesmo tempo que o Governo sinaliza para o sistema financeiro um compromisso em cumprir metas fiscais, anunciando nas mesas de negociação ter um orçamento limitado para os servidores públicos, contraditoriamente tem apresentado propostas com impacto financeiro significativo para outras categorias do funcionalismo público federal, como os trabalhadores da segurança pública, que para os policiais penais chega a 77,15% para os de fim de carreira, a Polícia Rodoviária Federal com 27,48%, e os delegados da Polícia Federal com 27,48%, deixando a Educação Federal, em especial

os Técnico-administrativos em Educação, numa situação muito desfavorável entre as prioridades do Governo.

Que os Técnico-administrativos em Educação (TAE) sofreram um congelamento salarial de quase sete anos durante os governos Temer e Bolsonaro, em decorrência do acordo firmado anteriormente, com efeitos por apenas dois anos. Esse acordo acabou por acarretar em uma perda significativa do seu poder aquisitivo durante esse período (34%), maior do que as demais categorias do setor público, o que torna cada vez mais difícil a dedicação e permanência na carreira (PCCTAE), bem como a sobrevivência das famílias desses trabalhadores em relação ao custo de vida, seja para quem está na ativa ou aposentados.

Que é preciso avançar também em relação à pauta no que se refere à recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino, o que compromete o desenvolvimento das atividades fim dessas instituições e as condições de trabalho de técnicos e docentes. De acordo com a Andifes, a necessidade de recomposição orçamentária apenas para fechar as contas do ano é de 2,5 bilhões a mais do que foi garantido até o momento.

Que os TAE, bem como o conjunto dos trabalhadores da Educação Federal, estiveram sempre juntos com a população brasileira nos momentos mais difíceis do último período. Foi assim no combate às consequências da pandemia salvando vidas, foi assim na defesa da democracia estando na linha de frente contra o golpismo da extrema direita e é assim agora na solidariedade e apoio ao povo do Rio Grande do Sul que sofre com as enchentes que são consequências da crise climática provocada pela ação do próprio sistema capitalista contra o meio ambiente. Ficando comprovado que é preciso mais serviços públicos para o atendimento das necessidades do povo e não mais austeridade fiscal para atender os interesses do mercado. As vidas precisam estar acima do lucro.

Que na última mesa de negociação o governo apresentou um aumento de 1,5%, saindo de 3,5% chegando ao índice de 5%, em 2026, e aumentando 1% no índice de correlação para o nível D. São elementos novos em relação a proposta anterior, mas que ainda são insuficientes para avançarmos em relação a recomposição salarial e a reestruturação de nossa carreira.

Que com a última proposta ainda continuamos com forte corrosão salarial e com graves problemas em relação a injustiças e problemas que existem na estrutura do PCCTAE, tanto para ativos como para aposentados.

Que o nosso movimento esteve sempre disposto a negociar, pois estamos conscientes das dificuldades impostas por um congresso nacional cada vez mais controlado por forças reacionárias e da influência de massas que a extrema direita ainda possui no país. Portanto, a derrota de nosso movimento só interessa as forças mais reacionárias desse país. Assim, o esforço para chegar num acordo de greve não pode ser uma via de mão única e o governo precisa assegurar uma inclusão orçamentária mais consistente para o atendimento da pauta dos trabalhadores da educação federal.

Que o CNG está elaborando uma contraproposta para ser remetida à base e depois apresentada ao governo e deseja avançar com as negociações com diálogo e sem intransigências.

Que o CNG não aceitará ultimatos e a indiferença do governo em relação a apresentação de nossa contraproposta. Exigimos a continuidade das negociações para avançar no atendimento dos diversos itens de nossa pauta, inclusive no que concerne aos itens que não implicam na necessidade de aporte de recursos, bem como avançar na concretização do programa de governo, pelo qual, o presidente Lula foi eleito, com o apoio da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras da educação federal que ajudaram a derrotar Bolsonaro na última eleição em 2022.

Queremos o PCCTAE no orçamento como uma política de estado que valorize a educação federal. Nesse sentido o CNG orienta:

1. Realizar rodada de assembleias, no período de 27 a 29 de maio, com retorno das deliberações para o CNG até quarta-feira (29/05) 14h;

2. Rejeitar à proposta da última mesa de negociação e continuidade e fortalecimento da greve, com a realização de ações que ampliem a visibilidade de nosso movimento na imprensa, nas redes sociais e em toda sociedade;

3. O CNG deve articular com os comandos de greve do SINASEFE, ANDES-SN, um dia nacional de atos em todo país na semana após o feriado do corpus christi;

4. A Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, em conjunto com o CNG, a partir dos parâmetros aprovados, deve elaborar contraproposta que será remetida para consulta às entidades de base para ser protocolada junto ao governo, inclusive no que concerne à manutenção da progressão por capacitação na nova estrutura;

5. O CNG deve articular com o Ministério da Educação a tentativa de inclusão de um texto genérico na lei do PCCTAE para a instituição do RSC, na forma já protocolada junto ao MGI, que possibilite a continuidade do debate com a base da categoria até a definição do modelo de RSC a ser detalhado pela CNSC. Caso não se concretize essa possibilidade, fazer constar no termo de acordo as condições para discussão e instituição do RSC;

6. Fortalecer e intensificar a articulação com parlamentares e assessorias partidárias, em âmbito federal, estadual e municipal, com objetivo de pressionar o governo a conceder mais recursos do orçamento para a educação federal, bem como a manutenção de ações em Brasília em frente aos ministérios, e o café com Lula, em frente à residência presidencial;

7. Continuar as ações conjuntas da greve da educação federal, fortalecendo a articulação entre os comandos de greve da FASUBRA, SINASEFE e ANDES-SN, contudo sem vincular a solução da greve dos TAE à solução da greve docente uma vez que são movimentos construídos com dinâmicas próprias;

8. Dialogar com o SINASEFE com vistas à elaboração de uma contraproposta ao governo, para dar coesão e unidade a bancada sindical dos TAE nas mesas de negociação;

9. Os comandos locais de greve a organizarem atividades voltadas a ampliação da visibilidade, com ações radicalizadas, que pautem a impressa local na próxima semana. Articular com parlamentares e lideranças políticas locais que tenham interlocução com o governo, para ampliar o aporte de recursos para reestruturação da carreira;

10. Os comandos locais de greve devem informar ao CNG o percentual da paralisação em suas instituições para que o CNG possa aferir a dimensão da greve;

11. Os comandos locais devem organizar ações durante visitas do presidente Lula e seus ministros nos estados, dando visibilidade ao movimento grevista, e reforçar a pressão para que o presidente receba e atenda a pauta dos TAE. O CNG propõe as palavras de ordem: “Lula assuma as negociações com a educação”, “Lula receba os TAE!”, “Lula receba a Educação Federal!”, “A greve continua, Lula a culpa é sua!”, utilizando também nos materiais e mídias do CNG;

12. Dar continuidade a campanha de solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, com coleta de doações de materiais de higiene, limpeza, roupas, agasalhos e em dinheiro, via pix, para as entidades de base da federação, considerando as mesmas orientações feitas no período da pandemia. Colocando à disposição toda a infraestrutura possível e necessária das entidades para acolher demandas dos atingidos pelas enchentes.

 
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CNG faz contraproposta para o governo- As bases ainda irão avaliar

O Comando Nacional de Greve (CNG), em construção coletiva, no dia 25 de maio, aprovou os parâmetros para negociação da contraproposta com o governo. Na semana em que se realizou a 5ª reunião, no dia 21.05, da mesa específica e temporária da carreira dos Técnico-Administrativos em Educação, ocorreu amplo debate técnico e político pelos membros da Comissão Nacional de Supervisão de Carreira (CNSC) que esteve reunida em Brasília durante o período de 20 a 24 de maio, acompanhando as análises de conjuntura do CNG e encaminhando as demandas solicitadas. 

 

A pedido do CNG, a CNSC elaborou diversos cenários de distribuição de recursos orçamentários na matriz reestruturada do PCCTAE, utilizando a ferramenta do Simulador de Propostas PCCTAE (Versão 2.0). Diferentes combinações dos parâmetros disponíveis para serem trabalhados foram avaliadas, considerando possíveis arranjos de distribuições de recursos. Estes parâmetros compreendem as mudanças nas correlações entre os Níveis de Classificação A, B, C e D em relação ao E; aumento do percentual do step; aumento de índices de recomposição; e, o mês/ano de aplicação dos parâmetros. Foram apresentados 18 cenários aos delegados do CNG na reunião de quinta-feira (23/05). 

 

O CNG discutiu por não aprovar diversos cenários, mas deliberou sobre cada um dos parâmetros que serão utilizados para a elaboração da contraproposta, como orientação para discussão e referendo nas bases.

 

Os parâmetros para elaboração de contraproposta para o aprimoramento do PCCTAE e os índices de recomposição salarial, são os seguintes:

 

  1. Utilizando o piso do nível E como referência na matriz salarial, as correlações com os pisos dos outros níveis de classificação passariam a ser calculados da seguinte forma:
  2. Piso do Nível de Classificação A, passa a ter uma correlação de 39% em relação ao piso do nível E;
  3. Piso do Nível de Classificação B passa a ter uma correlação de 40% em relação ao piso do nível E;
  4. Piso do Nível de Classificação C passa a ter uma correlação de 60% em relação ao piso do nível E;
  5. Piso do Nível de Classificação D passa a ter uma correlação de 61% em relação ao piso do nível E.

 

  1. Aumento escalonado do step constante partindo de 4,0% até alcançar o percentual de 4,5% em 2026.

 

  1. Recomposição salarial, no piso de referência, com os índices de pelo menos 4% em 2024 (inflação), 9% em 2025 e 9% em 2026.

Com a aplicação total dos parâmetros aprovados pelo CNG os resultados nos Níveis de Classificação alcançam os seguintes percentuais: 

 

Nível de Classificação A – aumento nos pisos nos valores de 51,85%;

Nível de Classificação B – aumento nos pisos nos valores de 28,63%;

Nível de Classificação C – aumento nos pisos nos valores de 59,35%; 

Nível de Classificação D – aumento nos pisos nos valores de 28,78%; e,

Nível de Classificação E – aumento nos pisos nos valores de 23,53%. 

 

Os valores de vencimento no teto de cada nível sem considerar o Incentivo à Qualificação, passariam a ser de R$ 4.849,70 para o A; R$ 4.974,10 para o B; R$ 7.461,10 para o C; R$ 7.585,40 para o D e R$ 12.435,10 para o E, conforme figura

O percentual de aumento acumulado no piso do nível E (referência na matriz salarial) seria de 23,53%, o teto do nível E com doutorado ficaria com o valor de R$ 21.761,50 (Figura 2). O impacto final em dezembro de 2026 na folha de pagamento anual total da categoria teria um acréscimo de R$ 8.121.095.201,08, um investimento de aproximadamente 40% no PCCTAE. Os demais valores de piso e teto dos níveis A, B, C, D e E com os valores de incentivo à qualificação podem ser acompanhados na figura 2.

As analises acima descrevem os detalhes da aplicação dos paramentos conforme deliberação do CNG, fornecendo embasamento para as entidades sobre os próximos passos a serem adotados. Importante ressaltar que a contraproposta que será apresentada ao governo aglutina diversos outros itens da pauta de greve, ainda não contemplados nas mesas de negociações (Mesa Específica e Temporária, Mesa Setorial e Mesa Nacional de Negociação Permanente), com e sem impacto orçamentário,respectivamente. Entre esses itens estão: Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), 30h, demandas dos HU, redução das jornadas de trabalho dos profissionais já contemplados com leis específicas e não normatizadas pelo governo, dentre outros.